Pesquisa mostra que, dependendo da freqüência de ingestão do produto, há perdas proporcionais e irreversíveis da estrutura superficial tanto do esmalte como da dentina. A saliva só é capaz de reverter parcialmente os efeitos.
Com a redução da prevalência de cárie a partir dos anos 60, a preocupação com a perda dos dentes tem-se voltado para outras causas, entre as quais a erosão dental, que pode ser definida como o resultado físico de uma perda de tecido duro da superfície dos dentes provocada por ácidos e/ou quelantes, sem o envolvimento de bactérias. Os resultados podem ser catastróficos para a saúde bucal, uma vez que perdas de tecido podem gerar sensibilidade, dor e má aparência. Além disso, a restauração do esmalte e/ou dentina perdidos é difícil, onerosa e requer contínuo acompanhamento. Os refrigerantes aparecem como um dos principais causadores de erosões dentárias.
De acordo com artigo publicado na Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo, “os fatores responsáveis pela erosão podem ser extrínsecos, intrínsecos ou idiopáticos. Erosão extrínseca é o resultado de ácidos de origem exógena, por exemplo, o contido nos refrigerantes. Intrínseco são os ácidos produzidos por vômitos, regurgitação e refluxos recorrentes. Idiopáticos são ácidos de origem desconhecida”.
Dra. Aline B. Denis Bordini do Amaral
Cirurgiã Dentista, Mestre, PhD e Especialista USP.